Revisitar o passado é uma experiência que muitas pessoas querem viver. Por isso que muitos turistas têm escolhido fazer a Rota do Cangaço. Para quem não sabe, ela conta uma das histórias mais importantes — e violentas — do nosso país.
Nesta leitura, vamos te mostrar, em detalhes, os locais que foram palco das aventuras e desafios dos cangaceiros, figuras que deixaram uma marca (ruim?!) na cultura e na memória nacional.
Aperte seus cintos, e prepare-se para descobrir os segredos da Grota de Angicos, desvendar museus repletos de relíquias históricas e seguir trilhas que narram a saga desses personagens controversos.
A Rota do Cangaço convida você a conhecer, de fato, a história do Brasil, além de oferecer uma experiência muito diferente de tudo que você já viu. Bora lá?
História do Cangaço
O Cangaço foi um fenômeno que marcou o Nordeste brasileiro. Um dos líderes mais conhecidos foi Virgulino Ferreira da Silva, Lampião.
Ele ganhou fama como “O Rei do Cangaço” entre as décadas de 1920 e 1930 em vários estados nordestinos. Para as autoridades, Lampião representava brutalidade e desordem, mas para muitos no sertão, ele personificava coragem e heroísmo. Não vamos levantar essa bandeira, vai de acordo com a sua percepção.
Em 1929, Lampião encontrou Maria Gomes de Oliveira, conhecida como “Maria Bonita”, a primeira mulher a se juntar ao grupo de cangaceiros. Eles se casaram e tiveram uma filha. A história conta que existem outros filhos que não foram reconhecidos.
A trajetória de Lampião chegou ao fim em 28 de julho de 1938, quando ele e Maria Bonita foram emboscados e mortos com nove companheiros em Angicos, Sergipe. Os corpos foram mutilados e suas cabeças expostas publicamente para encerrar a era do cangaço no Brasil.
Principais acontecimentos da Era do Cangaço
A Era do Cangaço foi marcada por uma série de acontecimentos que envolveram violência e resistência. Iniciado por volta de 1830, na região de Glória de Goitá, Pernambuco, o movimento cangaceiro ganhou destaque nas décadas de 1920 e 1930. Como mencionamos, o seu líder foi Lampião.
O Cangaço se caracterizou pela atuação de bandos armados que percorriam o sertão nordestino em busca de justiça social, vingança e sobrevivência em um contexto de pobreza extrema e falta de oportunidades. Lampião surgiu como o mais célebre líder cangaceiro, cujas ações desafiaram as autoridades.
Entre os principais acontecimentos desta época destacam-se confrontos violentos com a polícia e com grupos rivais, como a famosa Batalha de Angicos em 1938, onde Lampião e seu grupo foram emboscados e mortos pelas forças do governo. Esse episódio marcou simbolicamente o fim do cangaço enquanto movimento ativo no Brasil.
Mais que embates armados, a Era do Cangaço é repleta de histórias de coragem, estratégia e resistência dos cangaceiros, que enfrentavam condições adversas e muitas vezes eram vistos como justiceiros por parte da população local.
A luta pela sobrevivência no árido sertão nordestino, combinada com o caráter mítico dos cangaceiros, contribuiu para a construção de uma cultura que ainda ressoa na memória do Brasil.
Hoje, os principais acontecimentos da Era do Cangaço são lembrados através de museus, rotas turísticas e narrativas que buscam preservar e compreender um dos capítulos mais complexos e da história nacional.
A Rota do Cangaço: visitando o passado
Fazer o passeio da Rota do Cangaço é uma oportunidade para os visitantes conhecerem a fundo a história desse bando. Percorrendo os passos de Lampião e seus discípulos, a rota inclui locais emblemáticos como a Grota de Angicos, onde Lampião foi capturado e morto em 1938.
Acompanhados por guias vestidos à moda da época, os turistas podem visitar museus, antigos esconderijos e aprender sobre a vida dos cangaceiros. Uma aula de História bem descontraída e mais proveitosa que as convencionais, tenho certeza.
Dicas para visitar a Rota do Cangaço
A aventura começa a bordo de um catamarã ou lancha, navegando até a Grota de Angicos. Lá está o cenário do famoso confronto onde Lampião, Maria Bonita e outros nove cangaceiros falecidos nas mãos da volante liderada pelo Tenente João Bezerra.
Vale ressaltar que a caminhada até a Grota de Angicos é opcional. Quem quiser ficar por lá, pode relaxar e desfrutar de um mergulho maravilhoso no rio ou aproveitar a gastronomia local em um dos restaurantes na base Angicos, ou Ecopark. Esta é uma oportunidade única de combinar cultura, história e lazer em um único dia.
- Duração: aproximadamente 5 horas.
- Preço: R$ 100 por pessoa.
- Passeio aquático de catamarã ou lancha.
Não incluso:
- Trilha opcional para a Grota de Angicos (R$ 20 adicional por pessoa).
- Almoço.
Sugestão do que levar:
- Protetor solar.
- Traje de banho.
- Calçado confortável para caminhada
Perguntas frequentes (FAQ)
- O que é a Rota do Cangaço?
A Rota do Cangaço é um circuito turístico que leva os visitantes a explorar locais históricos ligados ao cangaço, um movimento de banditismo social que ocorreu no Nordeste do Brasil entre o final do século XIX e início do século XX. O destaque da rota é a trilha até a Grota de Angicos, onde ocorreu a emboscada fatal contra Lampião, Maria Bonita e outros cangaceiros em 1938. Ao longo do percurso, os turistas podem conhecer mais sobre a vida e os feitos desses personagens históricos, explorando museus, parques e outros pontos de interesse cultural.
- Quem foram os cangaceiros mais famosos?
Entre os cangaceiros mais famosos estão Lampião, conhecido como o “Rei do Cangaço”, Maria Bonita, a primeira mulher a integrar o grupo de cangaceiros, e Corisco, também conhecido como o “Diabo Louro”, um dos últimos cangaceiros a ser capturado. Suas histórias são fundamentais para entender o impacto cultural e social do cangaço na região nordestina do Brasil.
- Quais são os principais pontos de visitação na Rota do Cangaço?
Os principais pontos de visitação incluem a Grota de Angicos, local da emboscada final de Lampião e seu grupo, o Museu do Sertão, que apresenta artefatos e narrativas relacionadas ao cangaço. Além do Cangaço Eco Parque, onde os visitantes podem participar de atividades ecológicas, trilhas históricas e experiências culturais que retratam a vida dos cangaceiros e a história da região.
- Qual é a melhor época para visitar a Rota do Cangaço?
A melhor época para visitar a Rota do Cangaço é durante a estação seca, que ocorre entre os meses de junho e setembro. Nesse período, as temperaturas são mais amenas, facilitando as caminhadas pelas trilhas e permitindo um melhor aproveitamento das atividades ao ar livre oferecidas ao longo da rota.
- Como chegar à Rota do Cangaço?
Para chegar à Rota do Cangaço, é possível seguir de carro pelas rodovias AL-101 ou BR-101, partindo de Maceió ou Aracaju em direção a Piranhas, Alagoas, ou Canindé de São Francisco, Sergipe. Alternativamente, há opções de ônibus que conectam as principais cidades da região a esses destinos. Os aeroportos mais próximos são os de Aracaju e Maceió, de onde é possível alugar um carro ou pegar um ônibus para iniciar a jornada pela Rota do Cangaço.
Conheça Piranhas te leva até a Rota do Cangaço
Tenho certeza que depois de ter lido mais sobre este fatídico acontecimento da história do nosso país, você vai querer conhecer esse canto. Além de remontar nosso passado, ainda é rico culturalmente e possui um contexto que, de fato, fez diferença e moldou boa parte da população que viveu neste período.
Na nossa agência você consegue agendar o seu passeio e aproveitar o dia imerso nessa cultura. Para mais informações e saber os detalhes da visitação, entre em contato com nossos atendentes no site.
A Conheça Piranhas é especialista em te mostrar os melhores destinos de Piranhas e região. Por isso, a Rota do Cangaço não pode ficar de fora do seu próximo roteiro. Mande sua mensagem e programe suas próximas férias!